06 agosto 2015

Redação [Produção de texto]


Redação [Produção de texto] 

O Sapateiro

Sapatos de todos os tipos,
empilhados, usados, manchados,
na oficina do sapateiro.

Quantas calçadas andaram
esses sapatos,
quantas festas, quantos rumos,
e sobretudo, quantas encruzilhadas?

Indiferentes a tantas histórias,
o sapateiro martela, cola,
bate sola o dia inteiro.

Então, cansado, fecha a porta
da oficina, atravessa a rua,
e vai para casa com seu sapato
furado,
que santo de casa não faz milagre.


1. No Poema O Sapateiro, você viu que sapatos não provocam reações no sapateiro, mas provocam na autora do texto.
Veja mais: diante do quadro reproduzido abaixo, o poeta Carlos Drummond de Andrade escreveu um pequeno poema.


“Cansaram-se de caminhar
Ou o caminho se cansou?”
                           Drummond


Escreva um texto (em verso ou prosa) inspirado neste quadro. Expresse aquilo que a visão dos sapatos provoca em você.

2. Escreva uma narrativa em prosa ou verso, na qual sapatos aparecem como personagem. Fornecemos algumas sugestões para o início da redação. Se quiser, aproveite uma. Em todas elas, quem fala são os sapatos.

a. Resolvi castigar meu dono apertando-lhe o calcanhar...

b. Por favor, seu sapateiro
    Não troque a minha sola.
    Não quero perder a memória,
    Prefiro que me cortem a gola.

C. Será que meu pobre salto,
    Tão fininho, tão pontudo,
    Aguenta mesmo tal peso,
    Ou desaba com tudo isso?

d.  Chegou uma sandalinha novinha aqui na sapateira. Nunca vi uma coisinha assim tão delicada. Se aquele maldito tênis louro não me atrapalhar, vou tentar me aproximar dela... É tão meiga...








Até daqui a pouco,
Eliane Vieira


04 agosto 2015

Personificação [Personagens Objetos] - Redação



Personificação  [Personagens Objetos] - Redação

Qualquer ser pode virar personagem de uma narrativa: gente, bicho e até objetos inanimados.

Quando quer transformar um objeto em personagem, o escritor dá vida a esse objeto, ou seja, o objeto passa a falar, a pensar, a sentir... enfim, agir como se fosse um ser humano.

Esse recurso chama-se personificação e é muito comum não só na literatura como na propaganda. 

Observe quantos seres inanimados agem como gente nos comerciais de televisão...

Vejamos dois exemplos: um anúncio e um texto poético em que um ser inanimado vira personagem.


1. Anúncio


2. Neste poema, a porta fala, pensa e até resolve ficar nervosa. Como se fosse gente.


A porta
(Vinicius de Moraes)

Eu sou feita de madeira
Madeira, matéria morta
Mas não há coisa no mundo
Mais viva do que uma porta.

Eu abro devagarinho
Pra passar o menininho
Eu abro bem com cuidado
Pra passar o namorado
Eu abro bem prazenteira
Pra passar a cozinheira
Eu abro de sopetão
Pra passar o capitão.

Só não abro pra essa gente
Que diz ( Amim bem me importa...)
Que se uma pessoa é burra
É burra como porta.
Eu sou muito inteligente!
Eu fecho a frente da casa
Fecho a frente do quartel
Fecho tudo neste mundo
Só vivo aberta no Céu.






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Até daqui a pouco,
Eliane Vieira

03 agosto 2015

Gabarito - Interpretação de Texto- Nível Básico II


Gabarito - Interpretação de Texto- Nível Básico II


 1. a.16 Versos

1.b.No Texto em prosa, a linha ocupa toda a extensão da página, escreve-se na horizontal. O versos não ocupam toda a extensão da página; cada verso é escrito embaixo do outro.

2. 4 estrofes

3. A Primeira e a terceira têm 3 versos cada uma. A segunda e a quarta têm 5 versos.

4.aEmpilhados, manchados, usados

4.b. Martela, cola, Sola

5. Predomina a descrição, pois o poeta fortalece as características da oficina do sapateiro.

6.  Letra c - uma reflexão do poeta.

7.a.  Reflexão

7.b. Narração

8.  A segunda Estrofe

9.a.  A Consoante /t/, que se repete 7 vezes

9.b. Letra d -  Todas as alternativas estão corretas. 

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Até daqui a pouco,
Eliane Vieira

Interpretação de Texto - Nível Básico II


Interpretação de Texto - Nível Básico II


O Sapateiro

Sapatos de todos os tipos,
empilhados, usados, manchados,
na oficina do sapateiro.

Quantas calçadas andaram
esses sapatos,
quantas festas, quantos rumos,
e sobretudo, quantas encruzilhadas?

Indiferentes a tantas histórias,
o sapateiro martela, cola,
bate sola o dia inteiro.

Então, cansado, fecha a porta
da oficina, atravessa a rua,
e vai para casa com seu sapato
furado,

que santo de casa não faz milagre.


1. O Texto é um poema. Um poema dividi-se em estrofes e versos.

a) Verso é o nome que se dá a cada linha de um poema. Quantos Versos tem este poema?

b) Compare o poema com um texto em prosa:
o Brasil continua o campeão do mundo nas estatísticas de acidentes de trabalho. Em 1986, perto de 1 milhão de trabalhadores foram acidentados, 27 mil ficaram permanentemente incapacitados para o trabalho e quase 4500 morreram.  (IstoÉ, dez. 1986)

1. Qual a diferença entre uma linha do texto em prosa e o verso de uma poema?
2. Estrofe é cada grupo de versos separados dos demais grupos por um espaço em branco. Quantas estrofes tem o poema lido?
3. Quantos versos tem cada estrofe do poema?

4. Num poema geralmente aparecem palavras que rimam, ou seja, palavras que apresentam sons semelhantes no final.

a) Copie as palavras da primeira estrofe que rimam.
b) Copie as palavras que rima na terceira estrofe.

5. Leia a primeira estrofe
Nela predomina a descrição ou a narração? Explique sua resposta.

6. Na segunda estrofe aparece:
a. a descrição dos sapatos
b. uma narração sobre a vida do sapateiro
c. uma reflexão do poeta.

7. Agora, identifique o que predomina ( Narração, Reflexão, Descrição)
a) Na 2ª estrofe.
b) Na 3ª estrofe.

8. Que estrofe do poema resume a “vida” de qualquer par de sapatos?

9. Quando escreve, o poeta dá muita importância aos sons que emprega. Por isso, além das rimas, emprega outros recursos.

a) Qual é a consoante que mãos se repete na 3ª estrofe? Quantas vezes ela aparece?
b. Qual foi, provavelmente, a intenção do poeta ao repetir palavras com essa consoante?
a) Transmitir a monotonia do trabalho.
b) Sugerir o barulho da oficina.
c) Sugerir o som do martelo contra as solas.
d) Todas as alternativas estão corretas. 


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